segunda-feira, 9 de março de 2009

emportée par la foule

quando ouço a nossa canção
passam borboletas na minha
visão periférica.

ainda somos deuses
-sabe deus por quanto tempo
essa brincadeira vai durar-
com as oportunidades
do céu azul na palma da mão.

às vezes estou sozinha como
a solitária senhora parisiense
na linha do céu nova iorquino:
presa tão longe de casa,
numa antítese ao seu apelido.

abrem-se-me os olhos
com as ventanias.
são as janelas de uma casa
mais antiga do que eu,
com as portadas amarelas.

os aviões quando voam
não batem as asas.
são de outro estado de
existência - podem voar
por pura força de vontade.

quando ouço a nossa canção
os meus dias são diferentes.
vejo os teus olhos (de súbito)
como se os visse do fundo
do poço das lembranças.

1 comentário:

  1. ERGO, amiga. ERGO! O Ego é uma piada. Uma piada. Posso?

    :)

    em jeito de nota, fico feliz por haver alguém que também se intitula de pseudo-intelectual algures neste universo. sei que nao estou sozinho. agora. cahem.

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