a nossa cultura existe
nas nossas mãos
de onde crescem as flores mais belas
e as revoluções mais sangrentas.
a nossa cultura existe
nas nossas mãos,
que colectivas cobrem
os rostos de gerações
ao choverem as bombas e as espadas.
a nossa cultura existe
nas nossas mãos,
que colectivas seguram
nos pincéis das eras.
a nossa cultura existe
nas nossas mãos,
que arranham as paredes da nossa prisão
e seguram os nossos garfos cheios,
os volantes dos nossos camiões
e ficam estendidas no chão [imóveis].
as nossas mãos
estendem-se para se tocarem.
a noite não permitirá
que se aproximem demasiado.
tu sabes que viste
(e lembras nas linhas das palmas)
o céu nocturno a erguer-se em chamas,
em centenas de gerações destruídas.
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