escrevo-lhe um poema como
consagraria aos deuses
um sacrifício em chamas,
e pelas mesmas razões.
burnbaby obrigada pelo que me dás
burn estrelas pulverizadas
burn nas minhas mãos
burnbaby não me abandones
burn vê o sol como ele sobe
burn entre as garras das nuvens
burnbaby concede-me este único
burnbaby e inquebrável desejo
burn outros virão com a maré
burn amanhã de manhã
bu os cartagineses não escreviam poemas.
rn só as sinfonias de escudo-em-espada-em-escudo
bu nas praias infinitas do mediterrâneo
e
cartago caiu com um
ruído surdo ensurdecedor
das páginas da história
para o chão empoeirado,
os gritos silenciados
levados pelo fumo
até às divindades.
burnbaby they were a-watchin
bvrnbaby the show
eu vi com estes olhos
dançar as espirais de chamas
sobre os telhados em ruínas.
burn nenhum deus levantou
burnbaby um omnipotente dedo.
escrevo-lhe um poema
para que o apazigue
para que o meu mundo
não caia em cinzas brancas
de folha de papel.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
As vossas palavras às nossas palavras.